terça-feira, 29 de junho de 2010

Diferenças

Acabei de ler um post de um blog escrito por uma mãe que mora em NY. Sobre a diferença entre cuidar dos filhos lá e no Brasil. Além da falta de ajuda da família, a falta de ajuda do que ela chamou de "exército branco": as babás. Lá não tem nada disso. E que muitas mães desistem de trabalhar porque é muito caro mandar os filhos para a creche ou terem babá, então é melhor ficarem em casa.
Aqui em Fortaleza é muito cômodo realmente, pelo menos por enquanto (não sei como será na época dos meus netos). Ainda temos condição de termos ajuda em casa e com os meninos e realmente ficamos perdidos quando não temos. Nosso apartamento é grande e tanto eu como o maridão trabalhamos, então não dá para deixar a casa sozinha ou os meninos em creche. Nem temos opções tão boas de creche pros pequenos ainda. Tirando o colégio onde a Gabi estuda, só conheço mais uns dois ou três que têm esquema full-time. E como deixar as crianças então? E é para deixar de trabalhar e cuidar só dos meninos? Difícil essa questão. Sei que daria para simplificar mais nosso estilo de vida, mas não o fazemos. Eu fui criada tendo minha mãe e meu pai trabalhando direto no banco. Então sempre ficávamos aos cuidados de babás e da Jojô, que trabalhou lá em casa 18 anos. E o maridão sempre teve a Mariquinha, que ficou na casa da mãe dele por 35 anos. Ainda demora a mudar essa mentalidade e acho muito difícil mudar esse esquema pelo menos pelos próximos dois anos.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Momento mais feliz

Acabei de sair do quarto do Pedro. Amamentei, coloquei para dormir, fiquei abraçadinha. Acho que não existe momento mais feliz que esse. Sempre me emociono ao tê-lo no meu colo e sentir aquele corpinho tão pequeno e se sentindo tão seguro ao meu lado. É um amor sem fronteiras, sem limites. Amor de mãe.

Susto

Domingão de sol, Pedro se arruma todo lindão e vai tomar banho de sol lá embaixo com a babá. Aproveito e vou tomar meu banho, enquanto Gabi brinca com maridão na cama. De repente, toca o interfone: não sei quais foram os termos da conversa. Só vi pela porta do banheiro o maridão se transformando no telefone, jogando o aparelho longe, dando um murro na porta e gritando: o Pedro caiu! E eu, molhada como estava, peguei o vestido que tava na roupeira, joguei por cima, botei a Gabi no colo e desci correndo atrás dele. Chorando e muito, eu me tremia, e não conseguia acreditar naquilo! A Gabi me dizia: mamãe, ele não caiu não!
E ela tinha razão. Pedro estava quietinho, calminho no colo da babá, reclamando apenas do banho de sol, como ele costuma fazer mesmo.
Com o coração saindo pela boca, a gente chegou bufando lá embaixo, as pernas bambas, o choro incontido. E ele calminho, calminho.
Explicando: uma vizinha ouviu uma pancada forte e um choro alto. Deduziu que o bebê tinha caído e interfonou para a minha vizinha de porta que tem um bebê também. Como não era lá, deduziram que era lá em casa. E resolvem interfonar para o porteiro, que interfona lá para casa dizendo isso. Ai, mas que susto, meu Deus!

quarta-feira, 23 de junho de 2010

A fisioterapia

Pedro tem fisioterapia duas vezes por semana. Faz parte do tratamento para ele enxergar bem. O horário é pela manhã e nem sempre ele está disposto a cooperar. Ele chora, fecha os olhos, berra, reclama, tem horas que dá desespero, tem horas que é engraçado, porque nitidamente ele sabe que aquilo está acontecendo e que ele não gosta. Então só lhe resta reclamar. Então ficamos, eu, a babá e a fisioterapeuta (que é um amor e tem a maior paciência) tentando acalmá-lo para que ele faça os exercicios.
A gente fica tentando várias táticas: ora damos leite para ele acalmar (mas aí ele dorme), ora dançamos, ora damos o bubu, ora cantamos, ora fazemos tudo isso junto. É uma festa quando ele para de chorar e faz direitinho. É claro que ele tem direito de reclamar, afinal, ele é muito novinho, só tem três meses, e isso deve ser muito cansativo, mas temos que insistir pois é pro bem dele.
Além disso, ele tem que usar o tampão e o óculos também quatro horas por dia. A gente começou colocando só o tampão enquanto o óculos ficava pronto. Ele reclamava, mas não tanto. Agora, com o óculos, é reclamação direto. Ele chora, fecha os olhos, aí os cílios encostam na lente e suja a lente e ele chora mais. Tudo vai ser uma questão de tempo e paciência para ele e para nós também.
Eu morro de pena, mas ao mesmo tempo tenho que seguir firme no tratamento.
Qualquer dia ele vai estar usando óculos sem chorar e a gente vai ficar mais tranquila.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Craque da Copa 2028

Minha primeira Copa do Mundo!
E meu aniversário de 03 meses comemorado em verde e amarelo!
Amei!

sábado, 12 de junho de 2010

Agora posso contar...

Num dos últimos posts, eu falei que ia levar o Pedro ao teste do olhinho e que depois contava como foi. Isso foi no dia 18 de maio. Desde lá minha vida mudou muito... Vou explicar.
Pedro foi diagnosticado com catarata congênita no olho direito. O teste do olhinho que era para ter sido só mais um teste para meu bebê, revelou um problema que teria que ser resolvido com urgência e com seriedade.
Pois é. Fiquei de-ses-pe-ra-da. Pensei todas as besteiras que uma mãe pode pensar quando o filho está doente, fiquei triste, abalada, chateada, preocupada, mas tinha que ter forças para ajudar meu filho o mais rápido possível, pois assim era necessário.
Seguinte: a catarata congênita é uma doença que precisa de correção cirúrgica, para poder "limpar" o cristalino, para que o bebê consiga ver melhor. A urgência na cirurgia deve-se ao fato de que o bebê aprende sempre e muito rápido a ver, então cada dia sem ver direito é um dia a menos no desenvolvimento da visão.
E ainda tinha a dúvida sobre a colocação ou não da lente intra-ocular. Porque alguns oftalmologistas já recomendam colocar logo e outros não, só depois dos dois anos. E agora? Fazer o quê? Como tomar uma decisão tão séria dessas? A solução foi informação, muita informação. Li, comprei livros, entrei em sites médicos, fui a quatro especialistas, até tomar minha decisão: operar já (essa decisão era unânime a todos) e colocar a lente (3x1 para colocar a lente).
Então foi assim. Pedro se operou no dia 31 de maio, na hora mais longa da minha vida. Teve que tomar anestesia geral, mas já saiu da sala de cirurgia acordado. Meu Deus, que alívio! Eu tava com tanto medo... Ele é tão pequenininho... Só de pensar já me dá vontade de chorar de novo.... Mas ele se saiu super bem! A recuperação tem sido ótima! Já passamos da fase crítica, estamos ainda com muitos cuidados e muitos colírios, mas ele tem se recuperado super bem.
Vai ter que fazer fisioterapia ocular duas vezes por semana por um bom tempo e usar óculos, mas tudo dentro da normalidade pro caso dele. Como disse a médica dele, isso não é o mais importante para ele como ser humano. Ele vai ser um menino normal, com uma vida completamente normal e saúde para viver tudo que a vida oferece. Quando ela me disse isso, me tranquilizou muito.
É um assunto ainda dolorido para mim, não é fácil ver um filho seu doente, mas graças a Deus conseguimos oferecer para ele um tratamento adequado no prazo certo e os cuidados necessários. E muito, mas muito amor.
E hoje, que ele completa três meses, só quero aqui dizer o quanto eu o amo, o quanto minha vida é melhor por ele existir e que eu vou estar do lado dele pro que der e vier...Te amo, meu bebê.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Como sou querido

Filho, você nem imagina como é querido e amado. Nem falo pelos seus pais, isso seria óbvio. Falo pela sua irmã, que sempre quer te colocar no colo, te beijar, te observar.
Falo pelo seu primo que sempre te coloca nas orações dele à noite.
Falo também pelas suas avós, que sempre se preocupam, sempre te visitam, sempre te acham lindo e maravilhoso.
Falo pelos avôs, que sempre telefonam ou vêm aqui (cada avô do seu jeito). Um te chama de Dom Pedrito e outro de Pedrão!
Falo pelos tios e tias, todos preocupados, todos querendo notícias, todos sempre por perto e te mandando todas as melhores energias deste mundo.
É essa energia boa que me faz feliz e me faz crer que família é tudo de bom nessa vida.